Manual do Gamer Cool #6: Todo dia é dia de indie

Desenvolvedor de jogos indieNa lição anterior deste manual, você aprendeu que para ser um verdadeiro trú gueimer, precisa demonstrar que sabe mais sobre uma franquia de jogos do que seus próprios criadores, e que deve sempre se “indignar” com qualquer novo título blockbuster que ousar mudar uma coisinha sequer na fórmula (e se não mudar nada, tem que malhar também, mas isso é assunto para outra lição). Porém, não dá para fazer críticas como essa sem ter parâmetros de comparação. Como tudo que há de errado no setor acontece purqueasempresasohpensaemdinheiromano – e aí vai mais uma lição para outro dia: as publishers têm mais é que lançar jogo de graça para os verdadeiros trú gueimeres – você tem que idolatrar qualquer um que faça jogos por conta própria, qualquer um que seja um desenvolvedor indie. O quê? Não, porra, não é “índio”! É indie, de “independente”, caramba! E vai decorando o termo, porque a partir de agora você precisará usá-lo bastante se quiser impressionar os seus amiguinhos de jogatina de porão.

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Muito longo, muito curto

Revertendo o tempo (Braid)Ontem, diversos designers independentes de games se coordenaram para escrever em seus blogs sobre um assunto meio espinhoso: a duração dos games atuais e como certas resenhas às vezes utilizam de forma muito liberal a pecha de “curto demais” ao criticar um game.

Você pode ver uma lista dos artigos (em inglês) sobre o assunto no (excelente) Game Journalists Are Incompetent Fuckwits, uma página no Tumblr que reúne pérolas do jornalismo de games burro e parcial. Note, porém, que esta lista faz parte de uma coluna semanal para promover justamente o contrário – os momentos em que o jornalismo (ou, no caso, bloguismo) de games instiga uma discussão mais relevante.

E o que eu penso disso tudo?

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Estatísticas do blog

Avatar BuddyPoke do autor do blogCom este blog completando um pouco mais de três meses de existência, já dá para reunir algumas estatísticas do WordPress e tentar entender como as pessoas chegam a ele – e, claro, quais artigos foram mais lidos. Algumas estatísticas me surpreenderam, outras, nem tanto. Eis os dados.

Termos de busca mais comuns

Muitos termos de busca que aparecem nas estatísticas do WordPress são semelhantes (“Metroid” e “Super Metroid”, por exemplo). Para condensar as coisas, reuni os acessos devidos a uma mesma série de jogos ou seus personagens. Após uma rápida conta somando os resultados acima do dígito único, o top 5 é esse:

  1. Fragile Dreams: Farewell Ruins of the Moon (inclui “Fragile Dreams”, “Ren”, “Fragile Ren” e buscas do gênero)
  2. Super Mario Galaxy (qualquer versão)
  3. Metroid (qualquer versão) / Samus Aran
  4. Pac Man (inclui “pac-man”, “pacman” e variações)
  5. Okami / Amaterasu

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Em busca de plataformas mais altas

Aquele Mario!

Alguém aí além de mim está vendo uma forte revitalização dos jogos do gênero plataforma, os platformers, nos últimos anos?

Não, não estou falando da onda retrô ou do lançamento de jogos novos para antigas franquias, como Sonic 4 ou Mega Man 9/10 (embora o fato deles seguirem a jogabilidade 2D de outrora também dizer alguma coisa). Nostalgia faz parte de qualquer indústria madura, e a indústria dos games está chegando lá, com mais de 3 décadas de popularidade.

O que realmente define uma revitalização não é apenas desencavar idéias antigas, e sim adaptá-las ou combiná-las com conceitos e truques novos. Há um punhado de games recentes, tanto mainstream quanto independentes, que estão levando a fórmula básica dos jogos de plataforma a lugares nunca antes imaginados. Correr em volta de um planeta em 3D, alternar a correria com momentos em primeira pessoa, passar por labirintos com gravidade alternada, “rebobinar” o seu progresso no jogo para alcançar lugares e resolver puzzles, jogar em modo colaborativo ou competitivo, e girar o próprio eixo do jogo: tudo isso foi (ou será) implementado recentemente em jogos do gênero.

Vamos dar uma olhada neles e ver se estou viajando nas galáxias, ou há algo a ser aprendido com essa volta ao passado platformer que permite evoluções:

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Clássicos Modernos: Braid (PC/XLA/PSN)

A série Clássicos Modernos aborda jogos recentes mas que já nasceram clássicos de algum modo: talvez eles utilizem um recurso que será copiado por todo mundo, ou inovem ao quebrar um paradigma de um gênero, ou simplesmente façam tudo bem demais e se tornem inesquecíveis desde já. Enfim, são apostas minhas. Confiram daqui a alguns anos as listas de melhores games da década… Não duvido que alguns destes estejam lá, firmes e fortes ainda.

Talvez alguns de vocês achem que jogos de plataforma 2D são coisa do passado, apesar de toda a onda retrô recente e do fato deste gênero de games ter se mostrado bastante apropriado para consoles portáteis. A esta altura do campeonato, são mais de 30 anos de jogos deste gênero – e de fato,  o que realmente pode ser feito de novo em um jogo deste tipo? (Quem tem um Nintendo DS, calma – um dia chego a Scribblenauts).

As tranças temporais

Talvez alguns de vocês também pensem que relacionamentos amorosos não estão com nada. Afinal, é inevitável; uma hora, alguém dirá algo que não devia, e que o outro jamais esquecerá… E a relação estará maculada para sempre. Ou não: e se pudéssemos apagar o passado, aprender com os erros mas seguir em frente, sem mágoas?

Que catzo uma coisa tem a ver com a outra?, você pergunta. Para entender, você precisa jogar Braid – o jogo de plataforma em que você manipula o fluxo do tempo.

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