Guia para iniciantes em Shin Megami Tensei

Shin Megami Tensei V chega ao Switch em breve – 12 de novembro está logo ali – e o interesse pela franquia parece estar nos patamares mais altos que ela já viu. É o grande lançamento do console para o resto do ano, está vindo depois do sucesso de Persona 5, é um dos jogos mais bonitos do Switch que já vimos e ainda por cima recaptura parte da magia de Nocturne, o jogo mais famoso da série até hoje. Ainda por cima, as prévias estão começando a aparecer na Internet e todas apontam que o jogo está tinindo, oferecendo tudo que se esperava e mais um pouco, especialmente agora que a exploração no “overworld” é 3D, aberta e sem encontros aleatórios.

Eu estou vendo muitos, muitos comentários de fãs de JRPG dizendo que este será o primeiro Shin Megami Tensei (SMT) deles. Assim, eu resolvi ajudar um pouquinho com um artigo de dicas gerais que me ensinaram a apreciar a série como ela é. Shin Megami Tensei opera com regras muito próprias que podem não ser evidentes de cara, ainda mais em comparação com outros JRPGs, e são elas que dão graça à coisa toda quando você as entende e “internaliza”. São elas que diferenciam demais a série e tornam Shin Megami Tensei uma experiência única que você não vai achar em nenhum outro lugar, nem mesmo em Persona. Encare isso como aprender um novo sistema de RPG de mesa além do Dungeons & Dragons básico e você aproveitará e apreciará muito mais o que esses jogos da Atlus têm a oferecer.

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Gamericanices, parte 1: A prisão da Quantic Dream

Não sei se vocês ficaram sabendo, mas esses dias rolou um boato de que a Quantic Dream estaria fazendo um jogo de Star Wars. Sim, aquela Quantic Dream de David Cage, Heavy RainDetroit: Become Human e tudo mais. Algumas pessoas acharam estranho, mas… Hoje eu estava ouvindo o podcast Sacred Symbols e, mais uma vez, os criadores provaram como são dos poucos na ativa que ainda lembram o que é fazer jornalismo real. Isto é, antes de dar a notícia, o apresentador fez sua pesquisa a fundo e descobriu que a empresa tinha aberto um novo estúdio no Canadá há algum tempo, algo que não vi comentarem em nenhum outro lugar e que ajudou a guiar a conversa sobre a notícia.

Porém, ao mesmo tempo, outra coisa que me incomoda bastante ultimamente no mesmo podcast – e em vários outros, também – acabou dando as caras mais uma vez. Estou começando a pensar nisso como “gamericanice”, ou americanice gamer típica dos últimos anos. Eu sou o primeiro a reclamar de antiamericanismo besta, mas o jornalismo de games dos EUA está meio impossível ultimamente. Mesmo gente boa, que denuncia e foge do panfletarismo, da preguiça e da desonestidade intelectual geral, ainda acaba caindo em umas outras armadilhas retóricas e mentais que me espantam. No caso, foi algo semelhante ao que o Cilon volta e meia lembra nos comentários aqui do blog: a incapacidade de pensar fora das “caixinhas” bem definidinhas de gênero e estilo.

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Jogando: Outriders terminado, Returnal no meio

Mais uma semana se passou e, com mais sossego, consegui arrumar tempo de gente para jogar e escrever. Na Jogando passada, eu disse que iria abordar a atualização de Rise e a demo de Village, entre outras coisas, mas os dois jogos daquela coluna acabaram me prendendo – um até terminar, outro até a exata metade. Depois de reclamar um pouco das coisinhas chatas de ambos, é hora de destacar por que acabaram me alegrando muito mais do que esperava – um deles, inclusive, está virando candidato sério a Jogo do Ano agora. Ah, se não fosse a concorrência impossível de Monster Hunter Rise

A essa altura, então, segurem que vou deixar para falar bastante de Resident Evil depois. Acabei de re-terminar o 7 no PlayStation, incluindo um DLC que nunca havia jogado, e recomecei o 2 Remake no PC aproveitando o embalo para ver se acabo logo de uma vez. Village já está por aí com uma ótima recepção e, quando baixar um pouquinho de preço no PS5, pego ele e faço uma geral de tudo. Já Monster Hunter… Bom, vocês sabem o que eu achei de Rise e a atualização só deixou tudo ainda melhor. Vou poupar vocês um pouco da série agora, até porque Stories 2 sai daqui a um mês e meio e podem apostar que será assunto (já fiz inclusive a pré-venda no PC, lógico).

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Melhores de 2020 – Categorias técnicas

Os Melhores de 2020 continuam mais uma vez! Antes de mais nada, caso ainda não tenha lido, dê um pulo rapidinho na Lista de Candidatos, além dos vencedores das categorias por gênero de jogo e por plataformas lançadas. Depois de escolher os melhores jogos de acordo com o “ecossistema” que os bancou, agora vou listar aqueles que se destacaram em aspectos específicos típicos da nossa mídia interativa. Nem todo jogo acerta em tudo, e alguns vão além do esperado em suas histórias, na direção de arte, em modos incluídos, em como os sistemas combinam para deixar a experiência gostosa de jogar e até nas músicas escolhidas para acentuar tudo.

Até pensei em incluir mais categorias este ano, mas acho que estas cinco já resumem as facetas mais importantes de quase qualquer tipo de jogo. São aquelas em que errar pode realmente estragar uma obra, ou pelo menos onde é mais fácil errar. Jogos focados em narrativa ou multijogador não podem sequer ser meia-boca nesses aspectos impunemente, enquanto todo título precisa de jogabilidade, trilha sonora e visual no mínimo condizentes com o que está tentando fazer. Então vamos celebrar os melhores de 2020 nesses campos.

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Jogando: prévia da nova geração no PC

Esta foi a semana de lançamento dos consoles de nova geração nos EUA e, como seria de se esperar, não há outro assunto na Internet agora quando se trata de games. Eu ainda estou no aguardo do PS5 semana que vem, além de alguns jogos (Demon’s Souls, Miles Morales, Assassin’s Creed: Valhalla), mas isso não quer dizer que esteja sem um gostinho prévio dos saltos visuais.

Alguns jogos que marcam a transição de consoles também saíram no PC, e foi lá que comprei três deles. Até porque saíam bem mais barato assim, mas não só por isso: também quero ver como meu PC recente lida com eles. Um dos jogos em especial, como exclusivo de um dos consoles, tem requisitos maiores do que a média dos títulos AAA no PC até hoje. Os outros dois são títulos cross-gen menos pesados, mas ainda assim ganharam seus extras que podem exigir um pouco mais da máquina.

Como comecei todos entre terça e sexta-feira, não terei muito o que dizer sobre a qualidade do conteúdo deles ainda. Assim, esta coluna terá apenas impressões (bem) gerais após as primeiras horas de cada. A intenção maior é contar o que ando vendo em termos de desempenho para podermos especular o que PCzeiros terão que enfrentar daqui em diante. Se você tiver mais interesse nos jogos em si, é só pular a próxima seção e passar direto a eles.

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