A disneyficação dos jogos está a pleno vapor

Vendo o título desse artigo, talvez você esteja pensando em “infantilização” dos jogos. Ou talvez no aspecto “superprodução” da Disney, daquilo que venho falando há tempos, de como os jogos AAA estão ficando cada vez mais cinematográficos e voltados a um mínimo denominador comum de grande audiência. Na verdade, quisera eu que os problemas fossem só esses. Ambas as tendências estão em curso há um bom tempo e começaram muito antes da Disney se tornar a gigante de entretenimento geral que é hoje; são consequências simplesmente da expansão acelerada do mercado de jogos, cada vez mais interessado em atingir o máximo de pessoas possível a qualquer custo.

Não, o assunto aqui tem a ver com a parte de “gigante de entretenimento”. Quero dizer, como a Disney cresceu enormemente nos últimos anos ao devorar outras grandes empresas, como Pixar, Marvel, LucasArts e Fox, e o efeito que isso teve na produção da própria Disney. Pergunta: quando foi a última vez que você ouviu ou leu alguém se referir à Disney como “a casa do Mickey”? Faz um tempão, né? Isso não é à toa. Já foi o tempo em que a empresa criava Mickeys, Donalds e Roger Rabbits em vez de financiar coisas criadas por outros, sejam super-heróis, Simpsons ou Star Wars. E assim como a Disney parece dominar o entretenimento de massa atual nos cinemas e na TV, as coisas estão indo na mesma direção nos jogos – algo que a recente compra da Activision-Blizzard pela Microsoft só deixou mais claro. Me espanta que não haja mais gente preocupada com isso, porque todo mundo deveria.

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A vez do Xbox Series X: primeiras impressões

Notaram a mudança no topo do site e no esquema de cores? Pois é: semana passada chegou aqui em casa um Xbox Series X. Quem acompanha a página no Facebook já estava sabendo, mas agora é a vez de vocês também serem avisados. Sim, eu comprei o console da Microsoft pouco depois do meu aniversário e assim que acabei de pagar o PS5 e o PC de 2019 (ufa!). Como assim? O que foi? O que me deu? “Mas você já não tem um PC, Sooner? Para que o Xbox então?” Bom, uma coisa de cada vez, agora em um formato de cinco perguntas – o que, quando, onde, como, por quê. Essas são minhas primeras impressões do console e do consegui jogar nele até agora.


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E3 de volta: para o mundo que eu quero descer

Com a quantidade de trabalho e jogos pendurados nos últimos dias – estou 100% concentrado na Mass Effect Legendary Edition, já no meio do 3º jogo – não vou ficar comentando separadamente sobre cada conferência da E3 este ano, como fiz antes. Mas oh boy, tivemos algumas surpresas que eu tenho que reunir aqui em um artigo geral.

Esse mundo de (pós?) pandemia está muito bizarro. Só ontem (domingo), pensei num monte de coisas que jamais achei que iria escrever na vida, então… Sem mais delongas, vamos a uma geral do fim de semana da E3 com uma pitada de Summer Game Fest da quinta-feira:

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Terminando jogos: The Medium

Ainda tenho muita coisa de 2020 para terminar, mas graças ao Game Pass e à relativa curta duração (em torno das 10 horas mesmo em ritmo bem calmo), acabei iniciando e terminando The Medium, o primeiro grande exclusivo dos Xbox Series. Só para refrescar a memória: é aquele novo jogo do Bloober Team, responsável por Layers of Fear, Observer e The Blair Witch, que “bebe” visivelmente de Silent Hill e se escora na ideia de jogar em dois mundos paralelos ao mesmo tempo. E antes que alguém já venha com os “ur dur Soul Reaver” ou algum outro exemplo do tipo, não esqueçam do “ao mesmo tempo” – esse é o diferencial.  The Medium divide a tela e renderiza tanto o mundo físico quanto o espiritual juntos, o que gera uma série de implicações particulares a esse jogo.

As implicações são boas, vocês perguntam? Bom, o propósito da resenha é justamente esse. Fazia muito, muito tempo que um jogo não me deixava tão injuriado e interessado em grandes proporções como The Medium, às vezes ao mesmo tempo, em outras minando ou reforçando meu desejo de continuar. Não à toa, a recepção de crítica e público, na média, ficou entre 70-75, só que daquele jeito meio polarizante: uma quantidade razoável de opiniões oscila entre notas bem mais baixas ou mais altas. Onde eu fico nisso tudo? É meio difícil de dizer. O jogo é mais um bom exemplo de que, no fundo, notas não fazem sentido algum. Simplesmente leia o texto abaixo e descubra por conta própria o que The Medium pode ser para você de acordo com uma série de fatores, desde expectativas de jogabilidade e narrativa até a plataforma onde puder jogá-lo.

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Phil Spencer, Bethesda e exclusividade futura

Na sexta-feira passada, Phil Spencer, chefão do Xbox, deu uma entrevista ao Kotaku onde abordou o assunto da compra da Zenimax/Bethesda mais uma vez. Uma coisa que ele falou acabou gerando alguns artigos concluindo que sim, jogos futuros da Bethesda poderão ser exclusivos de Xbox… E por sua vez, esses artigos geraram outros defendendo que talvez não seja o caso, dessa vez usando outra fala dele da mesma entrevista.

O problema, na real, é que a entrevista foi meio vaga nesse assunto e as pessoas estão lendo o que querem ler, como seria de se esperar. E eu vou dissecar aqui rapidinho quais foram as duas falas para que não haja confusão nenhuma, especialmente para quem não conhece inglês bem.

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