Bloodlines 2 é adiado para 2021

Vampire The Masquerade: Bloodlines 2, sequência de um velho clássico cult de PC, foi adiado mais uma vez, conforme publicação na página do jogo no Facebook. Os motivos foram os mesmos do adiamento anterior no início do ano, ou seja, maior tempo para garantir qualidade etc.; curiosamente, a pandemia não foi mencionada, algo comum em mudanças de data recentes.

Embora adiar para garantir qualidade seja algo bonito de se dizer, e quase sempre ajude mesmo, eu desconfio um pouco de jogos adiados várias vezes e/ou por períodos muito longos. No caso, Bloodlines 2 pode acabar saindo com quase 2 anos de “atraso”. Isso pode ser sinal de desenvolvimento atribulado e, dependendo da situação interna, não é algo que se resolva apenas com mais tempo. É mais preocupante ainda quando o estúdio envolvido é novo, e não um CD Projekt Red da vida.

Só não me arrependo de já ter feito a pré-venda (há quase um ano já!) por dois motivos. Primeiro, esse é um daqueles raríssimos jogos que vou jogar mesmo que fique muito aquém do esperado: só quero mais um título de ação ambientado no Mundo das Trevas, venha como vier. Segundo, paguei cerca de 90 contos na versão completa de PC, um prejuízo bem menor do que um jogo físico em console. Porém, não façam como o tio aqui: pré-venda em geral é roubada, e deve ser evitada ao máximo.

O melhor jogo que a Ubisoft não deixa você jogar

Hoje vou publicar algo que não costumo fazer com frequência, mas deveria: divulgar conteúdos que merecem muito mais visualizações e consideração do que receberam. No caso, é uma atitude duplamente recomendável, já que o objeto do conteúdo em si também é algo que até hoje não recebeu os louros que merecia. Por acaso, topei nas minhas recomendações do YouTube com esse vídeo abaixo, chamado exatamente o que coloquei no título acima, e abri na hora porque reconheci de imediato de que jogo se tratava: Driver: San Francisco.

Capa de Driver: San Francisco (X360)

Poucos jogos de corrida foram tão subestimados quanto esse, quando não zoados mesmo, tudo pela ousadia da premissa: você joga quase o tempo inteiro em um mundo aberto… na cabeça do protagonista em coma. Graças a isso, você pode “pular” de motorista em motorista na cidade, uma mecânica estranha no começo mas que logo se revela genial, possibilitando uma série de estratégias impossíveis de reproduzir em qualquer outro jogo de corrida. Entre a capacidade natural de alguns gamers de se incomodar com qualquer coisinha que fuja do padrão esperado e a dificuldade de outros de visualizar tais estratégias divertidas, além do fato de que esse Driver saiu no agitadíssimo ano de 2011, o jogo acabou meio que passando batido, infelizmente.

Aí fui assistir ao vídeo, e… É uma belíssima peça que mistura análise, entrevistas, informações, resgate e um pouquinho de zoeira, encerrando com uma “chamada à ação” necessária. Para começar, ele explica muito melhor do que jamais fui capaz os motivos de Driver: San Francisco ser tão memorável. No meio do processo, o criador conseguiu declarações de autores e desenvolvedores originais do jogo, dando um insight na produção dele, além de informações que nunca tinha visto. Vocês sabiam que esse Driver teve mais falas do que seu contemporâneo Mass Effect 2, já que mais de 150 NPCs-passageiros na cidade conversam com você e reagem ao que você faz com o carro depois de “possuir” os motoristas ao lado deles?

Também descobri o motivo do título do vídeo e deste artigo: esse Driver não está mais disponível para compra no Steam e no uPlay (nunca fiquei tão feliz com a minha mania de recomprar jogos que gosto muito no PC quando barateiam bastante: ainda tenho o jogo no uPlay, além da mídia física de Xbox 360). É aí que entra a zoeira: o criador teve que rastrear sites menos, hã, fidedignos para comprar uma chave velha do jogo, e acabou usando… cartões de presente do Subway para isso – sim, o restaurante, e só porque ele podia. Mas o mais importante é que ele defende a ideia de que, com interesse suficiente no jogo, a Ubisoft pode dar um jeito de resgatá-lo. E como eu acho que jogo merece, é mais um motivo para divulgar o vídeo aqui e linkar a petição no Change.org que o cara abriu (e já tem quase 68 mil assinaturas!). Assinei lá e recomendo que todos vocês assistam a esse vídeo e façam o mesmo.

Acreditem em mim, o jogo merece – e um comentário no vídeo apontou outra coisa bem interessante e que faz sentido: de certa forma, o futuro Watch Dogs Legion está fazendo algo bem parecido, apenas sem um protagonista principal. Quem diria? Jogos “seminais” são assim mesmo: sua genialidade pode não ficar clara no começo, até parecer estranha, mas com o tempo suas ousadias se provam corretas e empolgantes. Cara, até baixei o jogo de novo, mesmo esse sendo o pior momento para me meter a reviver clássicos cult… Mas depois de assistir ao vídeo, é impossível não querer pelo menos dar uma olhada de novo e sorrir com todas as maluquices. Confiram e entendam:

Lançamento furtivo: Zero Time Dilemma no Steam

ZeroTimeDilemmaLogoGraças à alta do dólar (embora esteja abaixando aos poucos após o impeachment) e à saída da Nintendo do país, a vida não anda fácil no Brasil para quem ainda gosta de jogos de nicho japoneses e, por qualquer motivo, quer as versões físicas deles.

Uma série de lançamentos recentes interessantes, todos bem recebidos pela crítica, acaba ilustrando isso. Odin Sphere Leifthrasir chegou em poucas lojas e já esgotou, mesmo a um preço bem alto. Tokyo Mirage Sessions #FE só apareceu em uma das lojas que conheço, e também a um preço meio salgado. E no caso de Zero Escape: Zero Time Dillema, está impossível achar a versão de Vita, apenas a de 3DS.

ZeroTimeDilemmaCharacters

Claro, você sempre pode pegar as versões digitais. Mas se for para ir por esse caminho, melhor pagar menos, né? Pois é: sem alarde algum – e até onde sei, sem aviso prévio claro – a Chunsoft lançou Zero Time Dilemma também no Steam. E a R$ 72, ou bem menos da metade das versões físicas importadas para portáteis. Fica a dica para quem, como eu, estava doido para fechar a trilogia Zero Escape, mas preferia não gastar muito, se possível.

E…

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