Motion Sickness é uma seção recorrente deste blog criada para apresentar games de Wii (e talvez futuramente PS Move ou Kinect) que utilizem sensores de movimento para algo além de simples chacoalhadas que controlam avatares sem braços; em outras palavras, jogos que demonstram um potencial maior para o Wii Remote e, por preconceito e desinformação de jogadores tradicionalistas, acabam recebendo menos atenção do que deveriam.
Não dá para falar de jogos bons do Wii sem mencionar os dois No More Heroes. Pessoalmente, até acho que a série é mais idolatrada do que merece – especialmente considerando que o seu criador Suda 51, o etílico designer-punk japonês, já fez coisas mais ousadas em termos de linguagem de games. Ainda assim, No More Heroes se destaca no Wii como um dos títulos menos “família” e mais sangrentos disponíveis para o console, e isso fez a fama do jogo.
Não que ele não tenha méritos. Com inspirações que vão desde Tarantino até jogos retrô, passando por anime e sabres de luz, No More Heroes é um hack n’ slash pós-moderno bastante viciante e cheio de graça, daqueles que deixam um sorriso no rosto enquanto se joga. O game também anda em uma linha tênue entre a autoparódia e o comentário social sobre o comportamento jovem nos tempos atuais, mas vamos deixar a sociologia de boteco para outro dia e passar ao que interessa: No More Heroes estabeleceu um padrão de como aproveitar bem o Wii Remote em jogos de pancadaria no console da Nintendo.
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