Melhores de 2010: Pior Jogo do Ano

Melhores de 2010Os posts marcados como Melhores de 2010 dizem respeito, bem, à votação de melhores do ano do Re: Games (dã). Cada post tem enquetes com até 10 indicados entre os jogos lançados desde dezembro de 2009, além de um campo para a escolha de qualquer jogo não listado. As enquetes ficam disponíveis por uma semana após a publicação e os resultados serão reunidos em um único post, com direito a comentários do leitores – portanto, não votem apenas, comentem!

Que belo presente de Natal para quem vota nos Melhores de 2010 do Re: Games: vamos escolher o PIOR jogo do ano? Por incrível que pareça (e por mais divertido que seja), não foi fácil escolher os indicados. Ao matutar sobre esta categoria, lembrei de um artigo feito pela Bizz, há (vários?) anos atrás, com os piores discos de pop/rock de todos os tempos. Diversos álbuns famosos pararam lá graças ao critério utilizado: só valia votar em trabalhos de artistas que fizeram alguma coisa boa. Afinal, qual seria a graça de ter uma lista cheia de Jordys, Poisons e Vanilla Ices da vida? Nenhuma. Aqui, não dá para reproduzir o mesmos critério em termos literais porque, bem ou mal, desenvolvedoras e estúdios não são artistas no sentido clássico. Mas dá para fazer o seguinte: tentem não votar em shovelware, em jogos licenciados de celebridades, nem coisas muito obviamente ruins – vote em algo que tinha potencial (nem que fosse para sátira, como pelo menos um jogo desta lista tinha). É claro que cada um vai traçar a linha entre “obviamente ruim” ou não em uma posição diferente, e no final das contas esta categoria vai se aproximar um pouco de Decepção do Ano… Mas será mais divertido assim. (Em tempo: é lógico que há preferências pessoais entre os indicados. Se você sentiu falta de algum game, é para isso serve o campo “Other” 😀).

8 comentários sobre “Melhores de 2010: Pior Jogo do Ano

  1. Splatterhouse não foi ruim. Eu achei o jogo muito legal.
    Só não entendi aonde foi parar o gameplay de alguns trailers.
    Mas o jogo foi bom.

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    • Esse eu não joguei e estou indo pela média de notas dele, que vai de 6 pra baixo. Leve em consideração que as notas finais são afetadas pela grande quantidade de sangue e tripas e pelas boas memórias das versões antigas (sem ambas as coisas, essas notas seriam ainda menores), e fica explicada a indicação 🙂

      Sobre onde foi parar o gameplay, provavelmente ele sumiu quando a Namco resolveu mudar de estúdio no meio do desenvolvimento do jogo – e que pelo visto afetou o resultado final.

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  2. Estranho!Alguns jogos listados estão com uma boa recepção entre público e midia como foi o caso de meat boy e scott pilgrim. Seria interessante ao menos justificar o porquê destes jogos serem contemplados.Vc poderia colocar Alpha Protocol na lista, apesar de eu ter gostado muito do jogo, ele tem alguns problemas sérios.

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    • Os dois dividem um problema fundamental em meus olhos: nostalgia excessiva e novidade de menos para contrabalançar.

      Nos últimos anos, tivemos diversos jogos que partiram de um molde clássico do gênero plataforma/beat’em up mas subverteram-no de alguma maneira bem clara – como Braid permitindo rewind e manipulação temporal, And Yet it Moves permitindo girar o próprio mundo de jogo, ou Castle Crashers incorporando elementos de RPG e até arena multijogador. Meat Boy e Scott Pilgrim não foram tão longe e ainda por cima são repetitivos – no caso de Scott Pilgrim, o jogo ainda pecou em coisas que os beat’em ups clássicos faziam melhor, como a velocidade do personagem.

      Quanto à recepção do público e crítica, eu poderia responder “caguei”, mas não é tão simples assim. A recepção do público é limitada e nem de longe tão abrangente quanto se imagina, até porque jogo de distribuição digital ainda não tem uma penetração tão grande – é só que os fãs sempre fazem barulho e cada um parece ser 5. Da crítica, a boa recepção geral aconteceu somente em Meat Boy – Scott Pilgrim recebeu algumas notas na casa do 6, em geral pelos motivos que citei acima.

      Vale também aproveitar os dois casos para lembrar que a crítica de games tende a ser muito conivente com jogos indie. Metade dos elogios a Meat Boy é por boa vontade com os desenvolvedores, que são apenas dois caras que faziam jogos para Flash. Scott Pilgrim, bem ou mal, foi lançado pela Ubisoft, e aí os críticos ficam mais dispostos a ver as falhas. É triste, mas acontece – vontade mal direcionada de ir “contra o sistema”.

      Sobre Alpha Protocol, eu não joguei, e não vi nenhuma crítica descendo a lenha nele a ponto de parecer candidato a pior do ano. Aliás, ele até apareceu em uma lista da IGN de jogos de 2010 que merecem uma segunda chance ou algo assim.

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      • Interessante a sua resposta!Eu só vi um review do Scott Pilgrim no destructoid e eles abaixaram a nota por causa de bugs. No caso de meat boy ele realmente não inova, mas também não faz feio no que propõe, contendo um bom gameplay e trilha sonora. O caso de Alpha Protocol é um classico exemplo de como o jornalismo profissional avalia os games, dando preferencia a forma em detrimento do conteudo.Enquanto jogos como modern warfare 2 ganham notas próximas de 10 pelos gráficos e gameplay, Alpha protocol apenas consegue atingir a marca de 6 a 7, se o jornalista analisar a narrativa.

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        • Então, eu tenho um problema com o gameplay de Meat Boy. Estou com um leitor do Metacritic, que comentou como a repetição necessária para passar de fases passa uma falsa impressão de que o jogador está se tornando mais “habilidoso” com o jogo, quando na verdade é memorização e um pouco de sorte.

          Não tenho interesse nesse tipo de design, já joguei muito este tipo de coisa em eras anteriores, vou jogar isso agora, nesta geração? Vou comentar um pouco mais depois, talvez em uma coluna Tilt, mas o resumo da ópera é que esse tipo de gameplay fazia sentido quando a tecnologia não permitia fazer muito mais do que plataformas com saltos milimétricos; hoje, fica parecendo uma tentativa desesperada de capitalizar em nostalgia. No caso de Meat Boy, ainda parece ter algo de irônico com os ghosts ao final da fase: “olha como você perdeu tempo tentando passar dessa fase”. E se a intenção for essa, então a melhor resposta ao game é não jogá-lo 🙂

          Sobre a crítica, concordo plenamente: acabei de reler a crítica de Alpha Protocol no GameSpot e metade das reclamações são questões de forma que poderiam ser relevadas – e inclusive foram em jogos bem mais low-profile, como Deadly Premonition, onde os gráficos ultrapassados viraram charme. O problema é que Alpha foi feito pelo estúdio que fez Fallout e distribuído pela Sega, enquanto Deadly Premonition veio de um estudiozinho independente japonês, que distribui o jogo sozinho e vende-o por um terço do preço; aí, a boa vontade com a forma e a valorização do conteúdo sobram…

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